19.7.2016

ONG auxilia o combate ao câncer no Amazonas

A estimativa de casos de câncer de mama, no Amazonas, para 2016 é de cerca de 440 casos, sendo 380 apenas na capital Manaus, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, de acordo com o membro da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Thiago Turbay, o problema é o momento no qual a doença é diagnosticada. De acordo com Turbay, quando isso acontece, em 70% dos casos ela já está em estágio avançado. Ou seja, a falta de um diagnóstico precoce da doença coloca o Amazonas muito acima da média nacional, que registra estágio avançado em 30,3% dos casos.

Para combater este tipo de problema, existe a Américas Amigas, uma Organização Não Governamental (ONG) que tem como missão reduzir as taxas de mortalidade entre as brasileiras com câncer de mama, principalmente entre a população de baixa renda, por meio da detecção precoce da doença. A entidade doa mamógrafos, treina e capacita profissionais que realizam exames de mamografia e promove iniciativas de conscientização e informação sobre o câncer de mama. De 2009 até hoje, a Américas Amigas já doou 23 mamógrafos, beneficiando 12  Estados brasileiros. Graças a esses equipamentos, mais de 500 mil mamografias já foram realizadas pelos beneficiários, entre os quais dois navios da Marinha do Brasil, que prestam atendimento médico às populações ribeirinhas do Amazonas e Pará.

Atuando no Estado desde 2010, a Américas Amigas bateu uma marca importante ontem (18): 16 mil horas de treinamento e capacitação de técnicas para realizar exames de mamografia. A ONG está levando 20 profissionais do Amazonas que serão capacitadas no Hospital de Barretos, referência no tratamento de câncer. Das 20 mulheres, apenas quatro são de Manaus, sendo que as outras 16 são de áreas remotas do Amazonas. Muitas delas terão que viajar de barco por horas até chegar ao município. Entre os municípios beneficiados estarão Manaus, Apuí, Coari, Iranduba, Itacoatiara, Silves, Barcelos, Presidente Figueiredo, Maués, Urucará, Autazes, Manacapuru e Novo Airão.

De acordo com a gerente-geral e da área de projetos da Américas Amigas, Mirna Hallay, o problema dessas localidades não é a falta de mamógrafos, mas de qualificação para operar as máquinas.

“O objetivo da ação é dar a essas pessoas a capacidade de operar os mamógrafos de forma eficiente para que o diagnóstico seja preciso”, explica. Ainda segundo Mirna, o curso é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Fonte: www.emtempo.com.br | Data: 19/07/2016

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